Fez na semana passada um ano que perdi o meu tio avo e (ironia do destino) a minha cadela. Vi um amigo a fugir-me, e a música era o meu refugio,.
Á minha volta o mundo desabava, e eu não tinha com quem contar.
A não ser comigo.
Há um ano, o sentimento de culpa e responsabilidade pelos actos do amigo eram muito superiores aos de agora, mas ainda aqui resta algum.
Há um ano nenhuma lágrima foi derramada, e só por alturas do Verão, é que rebentei em choro.
Desde essa noite perdida algures no Verão, que nunca mais caiu uma lágrima. As lágrimas fecharam o tasco.
Ontem ao pensar em escrever este post, elas andaram ali a dançar, mas não caíram.
O coração anda de pedra, e não se abre a ninguem.
Não porque me magoaram, mas sim porque me magoei.
Porque só a ideia de não ter conseguido ajudar tanto quanto queria, me fez sentir inutil.
Hoje desperto novamente este odio pelos meus (não) actos.
Mas foi só um desabafo.
E daqui a uma hora retomo a minha vida.
Porque a vida, é, sem dúvida, para ser bem vivida.
PS: Desulpem o texto estar um pouco confuso, mas o desabafo tinha de ser feito.